Trump: tentando agradar Gregos e Troianos?

Comparações inevitáveis 2

Marcus Brancaglione
18 min readNov 13, 2016

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Vou deixar de lado um pouco o risco Trump em si. E analisar os outros riscos inerentes de como o presidente norte-americano eleito está lidando com os primeiros dilemas e problemas de um eleição marcada pela apelação, radicalismo e que resultou numa séria divisão americana do povo americano do ponto de vista da recente experiencia política da democracia brasileira.

Tenho a impressão que se ele conhecesse ou ligasse para essa recentíssima história das eleições brasileiras, não estaria procedendo como está. Não estaria enviando sinais, truncados, tentando agradar o mercado e a burocracia que ele demonizou, não estaria ignorando sua base eleitoral, tentando conquistar quem nunca vai aceita-lo (e com razão) depois de tudo o que fez. Tenho a impressão que ele não faria nada disso, porque saberia que esse é o caminho mais rápido para do topo da popularidade, ir ao isolamento completo que antecede a queda.

Mas Trump é o que é. E está dobrando a aposta. Segue com a mesma estrategia da sua campanha mandando sinais truncandos e mensagens contraditórios. Ele confia literalmente no seu poder de persuasão para convencer as pessoas. Embora parece não ter pensado muito bem no que podeira no Day After, ou o que faria com todos os problemas para sanar os problemas inerentes a sua vitória.

Não pensou em nada disso, e agora está dobrando a aposta da forma mais perigosa que o marketing aplicado a politica pode ter: ele está carregando a estratégia eleitoral usada nas eleições — não a de atacar, mas a de confundir e oscilar, para dentro da comunicação institucional da sua gestão por enquanto de transição. Novamente as comparação são inevitáveis. Isso pode vencer eleições, mas não serve para sustentar governos. A falta de uma direção e sinais claros, a imprevisibilidade e inconstância são a chave para a perda da credibilidade e instabilidade. E isso somado a medidas econômicos desastrosas pode levar ao questionamento da legitimidade- quero dizer mais questionamento da sua legitimidade.

Trump encara tudo como se fosse um jogo. Uma aposta. Porém agora como presidente eleito o quem ele está apostando não é mais só um Partido é um pais inteiro, que gostemos ou não, a estabilidade geopolica e economica do mundo está acorrentada, Trump não está só fazendo uma aposta altíssima e perigosíssima, mas uma aposta com o que não é seu para apostar.

OS protestos crescem. Ele conta com o patriotismo e agora como o sistema que tanto atacou para protegê-lo com o argumento de que é preciso reunificar o pais. Porém o dilema de Trump não é fácil. Não mesmo, e faço questão de repiti-lo:

Trump está num dilema sem solução ao menos sem solução dentro de um estado de direito democrático: Se ele vier sequer a tentar cumprir suas promessas já será um criminoso de Estado que deverá não apenas ser impitimado mas processado num tribunal internacional como qualquer criminoso contra a humanidade. Se ele não cumpri-las terá se elegido mentindo, cometendo deliberadamente um crime de fraude e falsificação ideológica para tomar o poder. Não irá para um corte internacional, mas ainda sim deverá ser legalmente deposto.

Se houver justiça e estado de direito nos EUA, mais hora, menos hora Trump via ser deposto, o problema do “mais hora”, do tentar a sorte, e pagar pra ver, é que ele pode justamente não ser deposto pelo que ele prometeu e não cumpriu, mas pelo que ele cumpriu. Pois o que ele prometeu não cosntitui ofensa constitui na posição que ele pretende ocupar verdadeira ameaça que se consuma desde o primeiro instante que ele tomar de fato o poder no mínimo como intimidação!!!

Por isso não dá para não ver as similaridades como o processo eleitoral brasileiro. Você dizer que ela era populista de esquerda e não de direita. E concordo com você ela podia ser uma poço de autoritarismo dentro de uma partido que flertava, (flertava não flerta) abertamente com o totalitarismo de vies bolchevique. Você pode dizer que até eles pagavam um pau pro Vargas, mas não eram fascista. Dilma podia até querer ser uma caudilha, mas não tinha popularidade nem capacidade para isso. Trump pelo contrário é mais perigoso, ele provou pode se fantasiar do que quiser e convencer muita gente disso, até mesmo ele.

Mas parece que sua autoconfiança seu maior trunfo, pode ser também seu fim. Trump dá declarações com se tivesse convicção que tem uma base de fieis que não importa o que ele diga ou faça jamais vai abandoná-lo. Parece acreditar que estão com ele por causa dele e não do que ele prometeu e personificou. E não vou nem falar do que ele personificou de extremismo, mas do que permitiu justamente ampliar sua base de apoio, a promessa de que vai limpar esse sistema corrupto. Porém ele já começa a falar coisas não só tentar acalmar quem ele revoltou com suas campanha de ódio, como afagar seus antigos inimigos. O que seria ótimo se pudesse funcionar com quem ele ameaçou tanto, e não fosse absolutamente impossível fazê-lo sem decair em mentira e traição ao seu eleitor e provocar também a sua ira.

Trump, acha que a democracia é mais um de seus games-show. Com certeza as dinastia e os mercados, os elementos do sistema que ele tanto criticou o receberão de braços abertos, principalmente se ele lamber o rabo deles. Contudo, não é preciso ser genio para perceber que essa essa reviravolta, que caíra como é uma bomba capaz de explodir de vez a revolta num pais que não votou Trump como a encarnação da anti-politica, do outsider anti-Wall Street. Esfregar na cara dos seus apoiadores que ele ou tudo que sempre sonhou é ser igualzinho aos Clinton, assim como esfregou na cara dos negros e muculmanos o seu supremacismo branco, isto não vai dar merda isso vai dar guerra em duas frentes, e entre as duas frentes.

Como eu disse você já viu história parecida. O canditado faz um discurso e uma campanha pesada que deixa uma massa de descontentes e inconformados. Assume pedindo união. E começa a aplicar uma politica que não é nada do que ele falou como se fosse a coisa mais normal do mundo. Resultado: ele não atrai quem o tem por inimigo, não une ninguém, e ainda perde o apoio de quem acreditava que ele iria limpar o sistema corrupto. Se isola no stabilismt junto com o corrupto. Stabilsmt que não só o abandona mas claro joga ele que não pertence a classe politica e que dizia que iria moralizá-los aos leões. Pois é. É assim que quem se elege com quase metade população perde esse apoio do dia pra noite.

Trump é claro conta com o fato que é eximiu manipulador de massas, mas está apostando demais no charme da sua peruca loira. Apostando o que não é seu. Seu pais e a já precária estabilidade do mundo inteiro.

Se fizer isso Trump vai ser dos cowboys que viraram xerife, o mais covarde da história americana. Aquele que entrou no sallon fazendo bravata que iria acabar com todos cucarachos, prometendo pagar bebidas pra todo mundo. Mas na hora h que pôs a estrela, que tinha que pagar a bebida e encarar os os inimigos, saiu correndo deixando todo mundo no sallon para se matar entre eles.

Não sei portanto qual o pior dos 3 mundos de merda que se impuseram a sociedade consciente americana:

Trump é mesmo um fascista sério — vai fazer o que ele falou e foder ainda mais os excluídos, e virar o espelho da America que a América não quer ver tornando-a uma violadora (declarada e explicita) de direitos humanos dos não-americanos e até dos “menos” americanos?

Trump é mesmo um fascista farsante — e não vai fazer nada do que falou, vai fazer o contrário, expondo completamente a fraude das eleições e da democracia, frustando seus apoiadores mais extremistas e jogando os EUA na maior crise institucional desde a guerra civil?

Trump é dos fascistas o maior dos farsantes - seria Trump capaz capaz de fazer tudo o que bem entender, oscilar constantemente sem que a sociedade americana reaja? Neste caso a reposta depende muito mais do grau de letargia da America e até mesmo do mundo, do que sua incrível habilidade de prestidigitação mediática.

Não sei a sociedade americana pode estar dormindo, mas ainda é muito forte, se se levantar a tempo. Porque pelo jeito tinha um projeto de poder e não de governo. Pode descobrir como descobriu quem ganhou a qualquer custo aqui no Brasil, que não, não vale tudo. E quem joga baixo pode até ganhar mas não leva, nem fica. Mas as similaridades terminam por aí. Como aqui não acho lá eles eles vão aceitar que um presidente que ele se elegeu jurando ser contra um sistema podre, os trai e se junte ao inimigo e fique por isso mesmo. Mas diferente daqui, não acredito, que se derrubado esse traidor eles vão ficar justamente com tudo de podre que há de mais podre. E isso aqui já não é mais uma analise, porque não estou mais falando agora do que eu vejo e acredito, mas do que eu não vejo e não quero acreditar. Seja no Brasil, seja nos EUA, seja em qualquer lugar.

Concluindo…

O “reality show” agora é pra valer. Trump abriu as feridas da America do Norte. Ele, os EUA, e o mundo tem que dar graças a deus que quem está descontente nas ruas protestando não são (ainda) os apoiadores de Trump. Acho bom que tem pelo que guardar ouça essa primeira leva de descontentes. Porque assim como nos protestos de 2013 no Brasil quando as pessoas mais sensatas, (leia-se aqueles que não estão dispostas a atacar outras pessoas) saíram de cena, quem entrou são justamente aqueles que se identificam (por enquanto)com a persona do fascismo. Aliás saíram não forma expulsas com violência.

O texto abaixo foi escrito em 2013 quando começaram a surgir nos protestos os primeiros caras com tacos de beisebol (e até hóquei) para expulsar os militantes de esquerda…

Pela Liberdade de todos de se Manifestar

Não aos Fascistas. Também não tenho muito apreço por partidos nem por políticos; não gosto de TV; e com esforço suporto a militância política; mas vou pra rua e até ponho a cara pra bater junto com eles, pelo direito deles de se manifestar e expressar. Até porque o direito deles é o mesmo que o meu (e o seu). Não podemos tolerar que um grupo de fascistas intimide e agrida nem militantes, nem jornalistas — não importa o quão inoportuno ou oportunistas achemos que estes ou aqueles sejam. Já nem importa mais o que achamos ou se concordamos uns com os outros, agora o mais importante é que mesmo discordando irremediavelmente uns dos outros, mesmo até desgostando uns dos outros, que demonstremos o quanto não estamos dispostos a tolerar a violência. E se o Estado pensa que muito faz em não agredir ele está muito enganado; seu dever é proteger. Ele não pode deixar a população para ser agredida ou arregimentada (contra o próprio Estado) por protofascistas mal disfarçados de nacionalistas. Um Estado de direito não é um estado em que os policiais não atacam ou reage desproporcionalmente, mas um estado onde as forças de segurança garantem a integridade dos manifestantes, sobretudo contra aqueles que querem se apoderar do espaço público pela força. Não vamos entregar as ruas aos intolerantes. Sociedade civil, militantes, anarquistas, libertários, liberais, jornalistas, não vamos abandonar as pessoas que estão protestando nas mãos de pessoas que pregam o partido único, o partido total. Este é o apelo que fazemos, vamos apoiar in loco e juridicamente toda manifestação pacífica e que nenhum militantes ou jornalista sejam hostilizados. Este é o apelo que fazemos as outras ONGs, Militantes, e Jornalistas, vamos apoiar não apenas a liberdade de manifestação, mas o direito de todos, sem exceção, manifestar sua liberdade de expressão em segurança. Cobramos que as lideranças políticas e governamentais cumpram o seu dever que não é o de militar, em nenhum sentido da palavra, mas o de garantir a segurança dos manifestantes e sua plena liberdade de manifestação porque sem esta garantia incondicional da liberdade não teremos um estado de paz, e nem muito menos um espaço público para a democracia. Governe-se. — Junho de 2013

E vimos no que deu quando a falsa esquerda então no governo respirou aliviada quando enfim os manifestantes foram “desmobilizados”. Parte dessa ultradireita também foi expulsa pela direta mais moderada que tomou o lugar dela, ampliou as bases e acabou com ele. Mas o extremismo não morreu. Pelo contrário ficou nas bordas do movimento. E agora volta com força nesta nova onda. Já que aqui como lá o serviço continua incompleto. A velho sistema podre que não tem como se sustentar continua de pé.

O que eu venho dizendo e não é de hoje, é que este sistema vai cair, mas ele não vai cair, nem se desfazer sozinho. Não haverá vácuo nos espaços públicos. Se não forem os libertários, e o cidadão a vir a ocupar o que é seu, não tenha a menor dúvida serão os “novos” políticos e autoritária, que não dizem que são políticos, não dizem que são autoritários e que dizem que etão do lado da sociedade, mas na hora do vamuvê repetem versões soft do totalitarismo, “pedindo” que as pessoas sirvam incondicionalmente a pátria ou seja o Estado e não a pátria (o Estado) servia exclusivamente as pessoas.

Obama é um merda. Pedir para as pessoas se desmobilizarem é pedir para a vitima se calem. No governo patriarcal Obama representa agora o papel do pai-cafetão que pede que a parte da sociedade que é mãe filha e esposa tolere um marido crápula que (outros) escolheram para ela. Um monstro que a ameaçou espanca-la, violentá-la e até mesmo chutá-la para fora da sua própria casa se não fosse branca o suficiente. Obama é um preto-da-casa. Pedir para que os foram ameaçados baixem eles a cabeça, para o novo sinhozinho e ofereceram seu lombo para o novo mestre branco para preservar sua Trump(Candy)land agora é revoltante.

Talvez quem não tenha lidado com gente de viés totalitária, não entenda o que eu estou dizendo. Então deixe-me ser mais claro pior do que um politico corrupto que se vende por dinheiro é o politico obcecado por sua imagem e poder. Ele não é um player nem sensível ao outro nem muito menos racional, ele age como um predador, como um animal politico, farejando fraquezas e atacando por instinto. Toda vez que você celebra a paz, mesmo cedendo tudo, ele não se contenta, e aproveita o nova posição estratégica e avança. Você da a mão ele toma o braço, e não para até que tenha tudo o que quer. Absolutamente tudo. Poder total.

Por isso as manifestações e aspirações justas da esquerda não devem ser esmagadas. Assim como as aspirações justas da direita, ambos podem nem saber, mas no fundo só querem ver esse velho mundo de extrema desigualdade de poderes se acabar. Porém se elas forem ignoradas, se elas forem subestimadas e reprimidas. O que vai sobrar é justamente quem se alimenta sua retórica dessa violência e repressão. Os mais extremistas e fundamentalistas, e estou falando dos domésticos de ultra-direta fascista, já que a esquerda radical inclusive a não-violenta já foi perseguida” e praticamente exterminada antes mesmo do macartismo nos EUA.

Fascistas não se constroem sozinhos, como disse Martin Luther King:

“o que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons.”

Vocês não achavam que o perigo era real, acordaram muito tarde para ele, tudo isso é perdoável. Mas o que vocês não irão se perdoar jamais é sabendo exatamente quem é o inimigo, e depois do perigo ter virado realidade, ter se escondido debaixo da cama e enfiado a cabeça debaixo do cobertor querendo acreditar que tudo isso não passa de um pesadelo. Que amanhã vocês vão acordar e tudo terá voltado normal, Trump era um cara legal e nada passou de um pegadinha, de um show.

Não, não é o espirito de King que a guerra ao terror, e agora os ataques de Trump e seus acólitos acordaram na América, mas o espírito visionário de Malcolm X :

Não, não é um pesadelo, o nome correto é distopia. E agora esse mundo distópico também o seu. Para falar a verdade já era antes. Mas vocês não sabiam porque não queriam nem saber. Protegido por suas bolha, vocês não tinham ideia de como o frango, a ipad, e camisa de marca chegava a sua prateleira.

Não meus caros, eles nunca pararam de avançar. Foram vocês que decidiram parar de lutar contra. E esse é apenas um, apenas um entre milhares de casos que mostra porque Trump porque incomoda tanto pensar em Trump como o monstro que ele é, porque para poder admitir o que ele mostrou que é, temos também que assumir que nãos somos o mundo e a civilização perfeita que vendemos e compramos nas embalagens dos mercados e bolsas de valores fechadas das nossas mentes. Temos que admitir que ele encarna algo que vive em nós não apenas adormecido, mas em apenas bem longe dos nossos olhos.

É por isso que o preto da maior casa grande do nosso Planeta-Senzala pede agora para amar seus vizinhos que te odeiam e querem jogar você bem longe do seu bairro ou enforcados, quer que você tolere todos os excessos do seu novo mestre, diz que é seu dever maior obedecê-lo, afinal agora ele é seu senhor. E eu, não sei porquê, não consigo deixar de lembrar mais uma vez me do poema de Brechet.

“Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.”

Revoltado, não estou todo contente batendo punheta pra ele. É obvio que eu estou revoltado! Mas não com a eleição do Trump, mas com a inercia com o conformismo, com a condição bovina da humanidade que não importa o tamanho do perigo que jogue bosta na cara dele prefere engolir tudo que falou baixar a cabeça e levantar de novo a bunda. E mais revoltado ainda com a baixeza de que se diz do lados dos povos, mas prefere continuar senso o garoto propaganda de toda servidão voluntária e violação forçada mesmo.

Como se o tubarão, o leão e a águia fossem veganos e eles mestres yogues e budistas. É.. tá bom, e eu sou Napoleão.

Estou pegando pesado? Então me beija na boca e me fode. É logico que estou pegando pesado. Que porra é essa???

Vocês acham que eu decidi dedicar minha vida ao trabalho voluntário por uma renda básica porque eu quero ser santificado, quero dizer coisas apropriadas para poder virar político ou purpurina? Tudo o que eu faço, todo o meu trabalho é para ver e acontecer exatamente o oposto de tudo o que estou vendo e que está acontecendo. Minha matéria-prima não é a desgraça. Não planto problemas para vender falsas soluções. Meu trabalho é de formiga por um novo mundo.

Estou ficando louco? Não senhores, eu já era. Desde do momento que eu decidi pagar dedicar minha vida a pagar uma a renda básica com o que eu tivesse e pudesse, desde que eu decidi militar por essa prática eu explodi essa bolha de normalidade… e já faz 10 anos.

O que a gente faz, como todo preto, todo pobre, é disfarçar. A gente fingir que acredita é fingir que obedece, a gente finge que repeita porque não é idiota para contrariar gente violenta e armada. Mas tem horas que não podemos nos esconder, nem omitir. Por isso, perdão, eu continuo preferindo a loucura utopia e desobediência da minha renda básica libertária e democracia direta do que a sanidade desses governos bandidos e fascistas e seus progresso econômicos feitos com holocausto declarados, renegados ou enrustidos.

Foda-se Trump. Foda-se Temer. Foda-se, o sindicato de bandidos do congresso brasileiro. Nunca fiz meu trabalho social nem para vocês, nem para empresas quando eu mais precisei e mais fui pressionada das piores formas possíveis. Agora que estou ficando velho com meu saco murcho e caído vou me render?Vou olhar para o outro lado. Nem fudendo. Entre vocês velhos estadistas e os jovens que protestam, mas não tenho nem dúvida minha solidariedade, minha voz está com a nova geração da sociedade. E meu trabalho social continua lá no mesmo lugar voltada para quem realmente importa: gente.

Não sou ateu, mas minha fé não persegue nem ateus nem crentes porque minha fé libertária, e minha divindade não é o poder supremo é a Liberdade. Minha objeção a essas politicas e economias fascistas e eugenistas não é ideológica, é epistemológica é um principio de de fé e consciência. E se preciso for para amparar a seriedade das minhas denuncias dentro do mesmo principio da autoridade constituída a qual estou preso assim o faço: Falo então como pessoa, mas também se preciso for resistir a toda violência e prepotência como ministro da minha fé devidamente registrada dentro das demandas de legitimidade deles próprios, não das minhas.

Assim é legitimadamente dentro do amparo legal do próprio sistema que estou apresentado minhas denuncias de ilegitimidade desse mesmo sistema…

Revolta, loucura? Pode ser mas eu prefiro sonhar a porra da minha loucura revoltada de paz e liberdade do que das boas-vindas para a loucura racista agora toda educadinha que termina no mesma vala e lugar comum de onde ainda nunca saímos completamente: a da guerra, segregação e genocídios.

Louco? Faz tempo. Faz tempo que sou louco e sei que sou louco e de toda a loucura humana:

Quem não entendeu ainda vai entender da pior forma: se eles não são todos iguais, ficam. E pedir por renuncia é tão ridículo para um desposta brasileiro quanto pedir para a rainha da Inglaterra para entregar sua coroa .

Ou um Trump, caso se eleito que renuncie a sua condição de comandante em chefe.

Não é uma questão de índole ou personalidade, mas riscos inerentes a falta de freios ao poder.

O problema do Brasil e é o mesmo de todos os países do mundo, onde o povo diz não ao governo. Neste caso pouco importa o quão bonzinhos ou maus são as lideranças e autoridades, podem até preferir não apostar no caos e destruição para reciclar e impor de novo a pacificação violenta, podem decidir entregar o trono, antes de usar a força contra os povos, mas quem é o louco eles que impõem essas precondições e riscos tácitos ou nós que aceitamos dormir com eles? — 24 de Março de 2006

Como o desejo de poder fora de si, se converte em verdadeira idolatria ao poder?
Essa é uma questão que vale uma reflexão mais profunda. Por aqui nos resumiremos afirmar que o culto ao absoluto é a maior perversão da humanidade e a própria perversão dos valores humanos mais fundamentais: A comunidade pervertida em totalidade. O entendimento em julgamento. A liberdade em poder. Neste mundo a incerteza é confundida com a insegurança. A sabedoria com autoridade. E a proteção com dominação. Produzindo a noção de a vida que não tem um destino predeterminado não é uma vida com sentido. Quando a indeterminação é a própria dádiva da vida, que permite a todo ser dotado de vontade e liberdade para exercê-la decidir qual sentido dará a sua própria vida — oportunidade que é a própria essência e razão da existência. Assim o ser liberto do culto ao absoluto, a fonte de uma angustia existencial da falta de sentido da vida, se torna o indescritível estado de espírito do ser verdadeiramente vivente que busca e cria com toda sua vontade o significado à vida. — Novembro de 2011

Aliás louco, não, mais respeito, não sou porra louca, bicha-louca do meu ativismo bicha-louca. E se esses fascistas e racistas de merda não tem nem coragem para assumir quem são, nem depois de sair do armário, eu não… sou latino, brasileiro, preto, cidadão de lugar-nenhum… libertário até a alma, e “(pan)anarquista graças a deus”. E resistindo:

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Marcus Brancaglione

X-Textos: Não recomendado para menores de idade e adultos com baixa tolerância a contrariedade, críticas e decepções de expectativas. Contém spoilers da vida.