Marcus Brancaglione
13 min readJun 10, 2016

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Oi, Bernardo. Obrigado pelas perguntas. Desculpe pela demora em responder. Moro em Atibaia e não estava conseguindo acessar a Internet.

Mas vamos as questões. Estou ansioso em respondê-las. Tocam muito do que tenho tentado desenvolver ultimamente.

Permita-me responder seus questionamento partindo da segunda pergunta para a primeira:

“Quem abriria mão da concentração de renda em prol do bem estar social sem a intervenção estatal?”

A resposta é praticamente ninguém. Seria impossível sustentar qualquer sistema socioeconômico as custas somente da boa vontade delas, ou dos mais abnegados, quanto mais reverter desigualdades tão extremas. E (se entendi corretamente o teor da sua pergunta) nisso concordamos: Não contamos,nem podemos contar com tamanho desprendimento da sociedade, ao menos não para estabelecer um sistema socioeconômico.

Porém pode-se dizer que sou ainda mais radical (ou “pessimista”) em relação a esta premissa: Não vejo porque delimitá-la somente a sociedade e não estendê-la ao Estado, ou mais precisamente aos responsáveis pelas intervenções estatais, já que eles não são governados por nenhuma moralidade superior, estando sujeitos aos mesmo ímpetos egoístas e ambiciosos das pessoas comuns- na melhor das hipóteses.

Logo, não tenho nenhuma razão em especial para crer que os controladores (diretos e indiretos) do Estado irão abrir mão dos recursos e poderes que concentram. Mais do que isso? não vejo nenhum motivação neles para que não usem suas prerrogativas de posse e poder para expropriar e acumular mais posses e poderes tanto políticos quanto econômicos.

Estados não são entidades etéreas que pairam acima dos interesses mundanos nem seus controladores são propriamente franciscanos. Pelo contrário suas prerrogativas e privilégios especialmente do uso “llegítimo” da violência tendem a servir de incentivo oposto: atraindo justamente pessoas que aceitam, buscam e até se satisfazem com o possibilidade de manter relações de poder, especialmente as não-consensuais.

Sobre o comportamento pessoas precisamos observar não apenas as vontades de dividir ou concentrar posses e poderes, mas também a ambição por obter sempre mais. De acordo com tais tendencias podemos dizer então que a sociedade não é feita apenas de poucos “ abnegados” e muitos “egoístas”, mas outras tantos obcecados por um desejo tão insaciável de possuir sempre mais a qualquer custo (alheio), que não podemos simplesmente chamá-los de ambiciosos, mas sim de verdadeiros “predadores”.

E se poucos abnegados não sustentam um sistema, já poucos predadores podem não só destruí-lo mas facilmente dominá-lo — dependendo não tanto da sua força particular, e sim muito mais da concorrência e sobretudo da disposição de resistência das potencias presas. Ou seja, do custo da predação.

Claro que não existem pessoas sem um mínimo de abnegação, mas existem pessoas suficientemente egoístas e ambiciosas para serem consideradas predadores. E mais, existem bastante delas, e mesmo o pouco que existe desse desejo insaciável em todos nós, já é o bastante para que como espécie ou população num território quebrarmos seu sistema ecológico ou socioeconômico.

Considerando portanto que todos nós somos um pouco lobos de nós mesmos, não importa quem ou quantos são mais ou menos, basta que essa condição esteja instaurada para que os mais predadores ocupem o topo da cadeia alimentar, e os menos egoístas (ou mais abnegados) lhe sirvam ao sacrifício.

Claro que isto é só um modelo mental. Não somos tão desnaturado e corrompidos assim, mas no desenvolvimento do raciocínio é melhor imaginar um sistema que funcione mesmo no pior dos cenários, sem precisar de anjos e que seja preferencialmente capaz de resistir a hordas inteiras de possessos reduzidos a verdadeiros gafanhotos.

Perante portanto essa premissa pessimista somos obrigados a abandonar não apenas os modelos libertários mais clássicos do anarquismo e socialismo mais utópico que partem da pressuposição romântica de um ser humano idealizado. Mas também os modelos autoritários do estadismo vigente que trabalham exatamente com essa mesma idealização romântica restrita evidentemente apenas as classes governantes.

Se o idealismo libertário pressupõe que somos em geral todos suficientemente bons, e que aquelas pessoas ruins que evidentemente existem não são capazes de tomar ou corromper o sistema. O pesudo-realismo autoritário pressupõe que existe pelo menos uma quantidade razoável de pessoas “melhores” que as outras, capazes tanto de se governar como governar todos os demais. Ou seja ambos pressupoem um super-homem. Na idealismo libertário este homem ideal representa toda a humanidade, toda a nossa especie. No idealismo supremacista ele representa a gene, gênero ou classe ou simplesmente conjunto o conjunto dos indivíduos mais inteligentes ou bem educados, os dotados dos predicados e preparação superior necessária.

Porém o fato é que esse homem ideal não existe, nem como messias, nem como classe, nem como espécie. Pelo contrário esse mito é uma das armas mais poderosas de consolidação de um domínio por alienação dos dominados. E denuncia o problema histórico pertinente a todos os povos e sociedades que desconhecem a cultura de violência e culto ao poder e valores absolutos: eles não possuem dispositivos tanto culturais quanto legais de defesa e regulação contra a exploração e servidão e são uma presa fácil dos supremacistas e alienistas.

Seja por conquistadores, seja por tiranos emergentes de seu próprio povo, populações relativamente pacíficas inteiras (principalmente se comparadas aos gastos e capacidade bélica das nossas civilizações) foram facilmente divididas, escravizadas e dizimadas enquanto eram aculturadas e continuam sendo. E mesmo perante o extermínio certo da sua cultura ou gene por supremacista alienígena ou nativo, parece que não desenvolvemos ainda os atributos necessários para findar esse processo de concentração de recursos e poderes e exterminio branco dos segregados.

Montesqueiu foi um dos filósofos que melhor entendeu o cárater teratologico do poder e sua capacidade de corrupção da natureza humana sobretudo nos níveis onde maior concentração. Todo monopólio corrompe, logo o monopólio dos monopólios, o da violência corrompe muito mais, ou mais precisamente corrompe quanto mais absolutamente sua posse for concentrada ou seja seu poder centralizado.

Já Marx abordou essa questão do ponto de vista produtivo e proprietário, isto é sobre o capital que como meio-de-produção era e é a fonte de todas as rendas e de todo rentismo.

Porém, se Montesquieu dividiu o poder Estatal para equilibrá-lo e Marx aboliu a propriedade privada para eliminar as desigualdades transformando-a em propriedade estatal. Nenhum dos dois foi capaz de escapar do arcabouço clássico da solução do terceiro homem (o ideal). A expropriação marxista se dá em favor desse homem artificial, ou seu controlador, e a divisão do poder montesquieista se dá apenas entre eles. E nenhum deles toca a essência da questão a redistribuição ou melhor a restituição do poder politico e econômico para a sociedade, ou mais precisamente para os iguais em direitos sobre o bem comum.

Eis que finalmente chegamos a sua primeira pergunta: como eu acha que os conflitos sociais se equilibrariam sendo que os recursos estão distribuídos de maneira verticalmente desigual na sociedade?

Remediando o poder político? controlando a poder econômico? Não, contando esse nó górdio. Eliminando a própria verticalização. Eliminando o culto a supremacia do poder, e ao monopólio do bem comum pela prerrogativa estatal de violência. Ou em outras palavras criminalizando toda forma de violência monopólio ou posse e poder subsidiado por tais precedente as relações não consensuais ou perseguição de qualquer forma de diversidade.

Combatendo portanto não apenas as estruturas políticas nem econômicas, as superestruturas culturais que impõe o culto ao supremacismo a hieraquia e a aristocracia geradoras permanentes do conformismo com a servidão e naturalização da predação e exploração humanas e naturais como se fossem normais.

Conflitos não só equilibram mas até mesmo tende a acordos de paz quando as forças de fato não apenas econômicas, mas politicas e sobretudo as armadas se equalizam e claro estabilizam. Do ponto de vista da ambição dos particulares isso é impossível, mas do ponto de vista de nossas forças em particular isso é mais do que possível, isso é uma regra. Não existem super-homens. Logo o mais forte, mais violento, mais belicoso de todos bandidos pilhadores ou imperadores, que pisaram sobre a terra, dorme e tem um pescoço tão frágil que poderia ser cortado até por uma criança. Ou em outras palavras podemos ser infinitamente desiguais mas somos absolutamente em nossa vulnerabilidade e necessidades mais básicas e vitais. De Atila o Uno, a Rainha da Inglaterra todos somos não apenas fracos, mas frágeis.

A questão portanto não é propriamente como efetuar a distribuição equilibrada de recursos e poderes. Mas como sendo nós tão iguais em vulnerabilidade nos permitimos exterminar em nome da ambição de tão poucos? Como é que eles conseguem fazer que as pessoas trabalhem contra seu amor próprio, liberdade e instinto de sobrevivência para sustentar castas os classes que jamais conseguiria dominá-las ou destruí-las sem a própria ajuda da sua idolatria e servilidade?

Esta distribuição mais ou menos igual se efetuaria de forma natural mais ou menos igual onde as pessoas se consideram fundamentalmente iguais em de fato em direitos naturais a paz vida e liberdade. Numa sociedade onde a alienação a cultura supremacista decaísse, a concentração de poderes não teria literalmente mais braços nem cães de guarda para retroalimentar a fonte da desigualdade: servilidade.

Até mesmo matematicamente é impossível existir uma concentração tão grande de posses e poderes somente pela força e vontade ou até mesmo daqueles que a possuem. Obviamente que tamanha tamanha desigualdade como só se mantem graças ao subsidio da violência ou mais precisamente do seu monopólio. Mas para efetivar esses monopólios violentos tanto da agressão das pessoas quanto da privação até dos meios mais vitais, é preciso que os próprios prejudicados contribuam com trabalho renda e vigilância para sustentar a própria máquina que os reprime.

A desigualdade social ou concentração de poderes sejam eles políticos ou econômicos ou de fato de ambos, não é o problema ela é o sintoma. De fato a concentração de poderes sejam eles políticos, econômicos ou mesmo armados é resultante da normalização através da naturalização cotidiana, legitimação legal e consequente submissão alienada a esse mito de que existem pessoas mais capazes para controlar politica e consequentemente distribuir como propriedades (a fonte do rentismo) o que é bem comum de todos.

O problema é que não apenas legalizamos o roubo, a escravidão com nomes bonitos e criminalizamos a liberdade. O problema é que cultuamos o patriarcalismo que nos tutela ou invés de amadurecermos e demandarmos como IGUAIS EM AUTORIDADE as mesmas prerrogativas de todas aqueles que detém o poder.

Considerando portanto que:

1. a desigualdade de poderes e forças inerentes da submissão da sociedade ao poder estatal é o que sustenta os privilégios tanto políticos quanto econômicos sobretudo os das pessoas não-naturais, as corporativas.

2. a força que sustenta essa injustiça naturalizada e legalizada não é a das próprias alienistas, sua superioridade militar ou tecnológica, mas a completa falta de resistência quando não servidão voluntária mesmo a este status quo em troca da promessa desagregadora que conversa com nosso egoismo e ambição: de que se todos se forem melhores poderão ocupar o topo da pirâmide.

O mal da humanidade é que traímos nossos próprios interesses tanto particulares quanto comuns mais fundamentais pela nossa ambição egoísta de também virmos um dia a ocuparmos o topo da pirâmide ou tomarmos para nós o poder.

Mas não é meramente refutando o obvio ridículo dessa promessa satânica do paraíso materialista. Mas sim repudiando o que há de hediondo neste culto.

Como forma de reduzir a concentração de poder econômico proponho a renda básica. Como forma de reduzir o centralização dos poderes políticos proponho a democracia direta. E como forma de estabelecer o equilíbrio de fato como igualdade de autoridade via garantia de liberdades fundamentais tenho propostas a reintegração desses direitos políticos e econômico numa mesma cidadania plena e emancipada como novo contrato social.

A garantia dos recursos básicos via renda fornece a todos os meios materiais necessários para que todos possam resistir a qualquer tentativa de imposição de servidão (política ou econômica). E que desta forma não se aliene ninguém por privação das necessidades básicas. A garantia da igualdade de autoridade sobre o bem comum por sua vez estabelece o controle sobre as propriedades comuns sobre os quais são extraídos esses rendimentos, impedindo que legalize novamente a expropriação, aliciamento e exploração por privação primitiva e consequentemente por intimidação via exércitos de alienados.

Contudo como efetivar esses dispositivos constitucionais de um novo contrato social numa sociedade efetivamente desenhada para impedir a emergência natural desses acordos pacíficos. Proponho toda a prática de uma contracultura fundamentada no ativismo social e político de base. Projetos e ações que sejam em si a denuncia e contraposição não apenas as doutrinações absurdas, mas o próprio absurdo distópico da banalização desta falsa realidade desnaturadora como a única realidade possível.

Em outras palavras proponho a educação libertária como a própria práxis da revolução politica e econômica como o principio de paz autogerador de um novos contratos sociais auto-regulados.

A capacidade de auto-regulação é por definição fisiológica o principio vital que determina se um organismo está vivo ou morto. E o exercício desta capacidade auto-reguladora desse organismo dotado de vida se ele é livre ou não. A supressão da auto-regulação dos seres dotados de anima é o mesmo que a supressão primeiro da manifestação da sua liberdade e depois do próprio fenômeno da sua própria vida. O direito a autopreservação esta intimamente relacionado a autodeterminação porque ambos rementem a uma questão preservação do quê, determinação do quê senão da sua própria forma de vida ou mais precisamente próprio-concepção sustentada tanto como a forma quanto como o sentido manifesto nela dessa vida.

Tendo em vista isso podemos nos livrar de nosso comportamento assertivo e servil a dominação hierárquica até mesmo impositiva. Podemos nos livrar deste comportamento primitivo e pervertido como nos livramos de tantos outros ao longo da nossa história não por questões de outra educação, mas por conta do quanto tais rituais e sacrifícios e doutrinas vão contra nossos instintos mais naturais -acima expostos.

Podemos proceder com o culto a violência e ao poder supremo, como procedemos na extinção de tanto outros costumes primitivos ou hediondos, assim como podemos igualmente proceder no processo de educação libertária como fizemos para transmitir tantos valores ou difundir tantas crenças sem a necessidade recorrer a força, imposição ou qualquer outra forma de violência.

Em geral, não vemos sendo praticado mais, muitos dos hábitos observados ao longo da historia. Fora perturbados não vemos gente praticando mais por exemplo o canibalismo e nem o holocausto. E basta só olhar para a historia recente para perceber que isso não se deu por nenhum mérito de ideologias estadistas, nem pela doutrinação de autoridades raças ou classes ou quaisquer preconcepções supostamente superiores, mais desenvolvidas ou mais civilizadas.

Muito pelo contrário! É pela solidariedade e resistência dos povos e pessoas oprimidos que a noção de humanidade se amplia dos laços pessoais mais restritos, de famílias tribos e clãs, povos e nações até a transposição de todas as fronteiras e preconcepções até a concepção de um ser humano reintegrado e cosmopolita.

Nós brasileiros, somos tidos (e nos temos) por um povo tolerante (até por demais) mesmo com os mandos e desmandos dos poderosos, diria mesmo que servis ao extremo da nossa própria desigualdade social. Mas mesmo aqui, e se um congresso ou governo decretasse uma lei tão contraria a nossa cultura ou mais a própria dignidade humanas? E se tal decreto nos fizesse sentir não apenas enganados mas violados como se tal lei estivessem nos impondo a próprio prática do canibalismo ou eugenismo? Será que não haveria um levante e uma revolta generalizada? Duvido que não.

Toda lei e o governos precisam da anuência ou letargia da população para impor suas desigualdade . Mas quando as injustiças são ou são tomadas por ofensa, a coisa muda de figura. Leis que são tomadas como um agressão ou crime contra a dignidade humana não conseguem corromper um povo, conseguem derrubar um sistema governo. E se injustiça são constantemente cometidas contra uma parcela significativa da população é porque não a consideramos, nem ela se considera dignitária desse respeito a ponto de usar do seu direito de autodefesa para se garantir.

Não nos devoramos, nem nos exterminamos, ao menos não explicitamente mesmo quando passamos necessidades pela mesma razão que não conseguimos acabar com a nossa própria vida ao menos não com facilidade que um psicopata tira a alheia. Instinto natural.

Não somos seres absolutos, mas co-sigificados. Rigorosamente não somos apenas uma formas existencial, mas coexistenciais não só como todas as outras, mas em conexão com todas as demais. E esse nosso instinto gregário é uma força evolutiva e revolutiva poderosíssima. Sendo tanto a fonte do sentimento solidário quanto da sua corrupção como culto fanático a coletividade como entidade fantasiosa de uma unidade absoluta ou totalitária completamente artificial e desligada da vida.

É na manipulação e perversão desse instinto que se formam os domínios sustentados pelas manadas humanas de idolatras religiosos e nacionalistas violentadores. Como também as comunhões de paz e estabelecidas no respeito as relações consensuais por amor próprio a vida e liberdade. Assim esse instinto gregário quando não está anestesiado ou corrompido é tanto a fonte de ligação entre os irmãos que compartilham um mesmo sangue, quanto daqueles que compartilham de uma mesma sina na terra.

A autoregulação portanto capaz não apenas de produzir a distribuição igual de autoridades e forças entre todas as pessoas, mas de defender essa organização contra qualquer projeto de poder exogéno ou interno, não é dirente de nenhuma outra forma de concepção que se disseminou (ao menos em principio quando contrária ao status quo) sem contar com o subsidio da violência. Ela se processa como qualquer outro processo afirmativo de uma identidade: fé, resistência e testemunho de vida como prática desse outro caminho.

Se somente uma contracultura que rejeite veementemente toda adoração corrupta ao poder, toda imposição de valores absolutos, todo monopólio e violência. E imponha com sua persistência e estratégias de resistência custos impagáveis a dominação pode levar a libertação.

Por exemplo, a desobediência civil e denuncia é diante de governos que não podem sustentar o extermínio sistemático de uma população ou parte dela perante a opinião pública nacional ou internacional uma estratégia deste tipo.

Uma estratégia util quando se consegue o reconhecimento de um estatus minimo de humanidade, porém não apenas inútil mas “suicida” quando se é indio ou preto em sociedades que historicamente não se importa ou até anseiam veladamente ou incoscientemente morram ou sutimente desapareçam como identidade cultural e etinica diversa.

É por isso que somente uma recuperação do senso de liberdade como dirito a sagrado a uma vida digna, idêntico ao da autopreservação e passível de todas as prerrogativas da legitima autodefesa para a constituição de sociedade baseadas na contra-violência poderá estabelecer as bases solidárias a cooperação necessária a evolução humana e revolução humanitária que propomos : a restituição do direitos naturais de autodeterminação TODOS os povos e pesssoas adultas e emancipadas.

Restituição que permitirá:

tanto que as pessoas se livrem da fantasia de poder que as mantém forçosa ou estupidamente sustentando a piramide seu próprio esmagamento.

quanto a reiterada equalização das forças não apenas pela redistribuição do necessário, mas pela supressão de todo e qualquer projeto de concentração agressivo-privador de recursos e poderes.

Porém isto é mais do que uma proposta estratégica, ou de educação doutrinária ou ideológica é uma proposta de revolução contracultural ou desculturalizadora em favor da garantia de direitos universais sagrados e inviolável para todos. Uma proposta tato de garantia de liberdades fundamentas politicas e econômicas quanto da extinção das desigualdades de autoridades nela fundadas.

O fim da cultura hierarquista que representa a rejeição definitiva do autoritarismo e deste estadismo obsoletos se dá portanto pela negação da adoração do poder em favor do amor próprio a vida e liberdade, mas não como fantasia absolutista, não como a guerra de todos contra todos os por supremacia, mas sim a comunhão de paz pela assunção da consensualidade como principio sagrado da dignidade não apenas humana, mas natural. A garantia de liberdade para todos como meios vitais ambientais e poder de decisão absoluto sobre o que lhe é particular e igualmente compartilhado sobre o que é bem comum.

Isto é mais ou menos a forma que até agora consegui desenvolver essa questões de modo que possa buscar esse ideal quanto não precisar esperar que ele aconteça para começar a vivencia-lo. E é também a melhor forma que consigo responder seu questionamento tão importante. Espero que de alguma forma isto o ajude também a encontrar a resposta que está procurando.

Atenciosamente

Marcus

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Marcus Brancaglione

X-Textos: Não recomendado para menores de idade e adultos com baixa tolerância a contrariedade, críticas e decepções de expectativas. Contém spoilers da vida.