Que mensagem Trump precisa mandar ao mundo sobre o que ele realmente quer?

Será que ele precisa fazer um desenho? Ou só vamos entender com algum exemplo, digamos, mais prático

Marcus Brancaglione
7 min readJan 26, 2017

“Os EUA têm um déficit de US$ 60 bilhões com o México. Tem sido um acordo de apenas um lado desde o início do Nafta, com números massivos de empregos e empresas perdidas. Se o México não quer pagar pelo tão necessário muro, seria melhor cancelar o encontro”, escreveu Trump no Twitter.

E agora, então alguém ainda tem duvidas que a via que Trump escolheu para fazer os EUA grandes outras vez não é a via a da paz e democracia, mas o outra contrária pequena demais para o veículo da diplomacia?

Sempre vai ter…

Mas façamos os idiotas voluntários ou vendidos pregam e não fazem…

“Nos primeiros anos do regime nazista ou nazi, a economia da Alemanha recuperou-se e cresceu economicamente de maneira extremamente rápida, o que foi considerado “um milagre” por muitos economistas. O desemprego de 1920 e do início de 1930 foi reduzido de seis milhões de desempregados em 1932 para menos de um milhão em 1936. A produção nacional cresceu 102%, de 1932 a 1937, e a renda nacional dobrou. Em 1933 a política econômica nazista ditada pelo Ministro da Economia Dr. Hjalmar Schacht — uma vez que Hitler despreza economia — queria diminuir o desemprego por meio da expansão de obras públicas[1] e do estímulo à empresas privadas. O crédito governamental foi fornecido pela criação de fundos especiais de desemprego, concedeu-se isenção de impostos às empresas que aumentassem o emprego e seus gastos de capital.[2]

Uma das principais bases da recuperação alemã foi o rearmamento, para o qual a ditadura nazista dirigiu sua força econômica, a indústria e o trabalho a partir de 1934. Sendo conhecido como Wehrwirtschaft (Economia de Guerra), que devia funcionar em tempos de paz e guerra e no período que antecede à guerra.[3]

Um plano de quatro anos foi criado em 1936 para conquistar a auto-suficiência em caso de guerra, a força aérea (Luftwaffe), proibida desde 1919, foi reconstituída, teve igualmente início a reconstrução da Kriegsmarine(Marinha) alemã. Hitler reintroduziu o serviço militar obrigatório em 1935, após a devolução da bacia do Sarre (rio na França e Alemanha, sob administração da Liga das Nações desde o final da Primeira Guerra Mundial).

Fritz Sauckel era o responsável pelo fornecimento de mão-de-obra estrangeira para a indústria alemã, principalmente a indústria de armamentos, o número de trabalhadores era definido por Hitler e Albert Speer, Ministro do Armamento. A operação de escravização recrutou 5 milhões de pessoas de outros países, das quais somente 200.000 foram de vontade própria. Foi a maior operação de trabalho escravo da história.[4]fonte: Wikipédia

“Qualquer semelhança com as coincidências é só mera realidade”

As políticas econômicas nazistas

• Em 2 de maio de 1933, Adolf Hitler ordenou que a SA (Sturm Abteilung) prendesse os líderes sindicais da Alemanha. Robert Ley, então, formou a Frente de Trabalho Alemã (RAD), a única organização sindical permitida no Terceiro Reich.

• Um congelamento de salários foi introduzido em 1933, e eles seriam agora decididos pela RAD, que determinava deduções compulsórias feitas no imposto de renda para seu programa “Força pela Alegria” (Kraft durch Freude). O RAD emitiu carteiras de trabalho, onde era feito o histórico empregatício do trabalhador e este não poderia ser empregado se não tivesse uma.

• O governo proibiu a introdução de máquinas automatizadas.

• Os empregadores precisavam de autorização governamental para reduzir suas forças de trabalho.

• O governo nazista dava contratos àquelas companhias que dependiam de trabalho manual ao invés de máquinas. Isto foi especialmente verdade no programa extensivo de auto-pistas (autobahn).

• Os nazistas se concentraram no rearmamento. Milhares de alemães trabalhavam em fábricas de material bélico.

• Os judeus perderam sua cidadania em 1935 e, consequentemente, não foram incluídos nas estatísticas de desemprego, mesmo aqueles que perderam seus empregos no início do governo de Hitler.

• O alistamento obrigatório nas forças armadas alemãs ajudou a reduzir o número de desempregados.

• Hitler também encorajou a produção em massa de rádios. Neste caso, ele não estava apenas preocupado em reduzir o desemprego, mas viu este meio de comunicação como uma forma rápida e eficiente de divulgar a propaganda nazista entre o povo alemão.

• O desemprego dos jovens foi resolvido com a formação do Serviço de Trabalho Voluntário e do Serviço da Juventude Voluntária, sendo que estas organizações eram responsáveis pelo reflorestamento, manutenção de margens de rios e reconstrução após devastações.

• As mulheres em certas profissões, como médicas e funcionárias públicas, foram afastadas enquanto que outras mulheres casadas recebiam uma renda de 1.000 marcos para ficar em casa.

• No verão de 1935, Adolf Hitler anunciou a introdução do Serviço de Trabalho (RAD). Com esta medida, todos os homens com idades entre 19 e 25 anos tinham que trabalhar para o governo por seis meses. Mais tarde, as mulheres também foram incluías no programa, apesar delas trabalharem exclusivamente com serviços domésticos ou como professoras.- A Política Econômica Nazista 1933–1939

As corporações estatais e privadas americanas estatais e privadas não são racistas, nem muito menos são muito chegados a eficiencia da burocracia alemã não…

Nos anos 1920, muitas corporações grandes americanas praticavam investimentos robustos na Alemanha. A IBM criou uma subsidiária alemã, Dehomag, antes da Primeira Guerra Mundial; nos anos 1920, a General Motors comprou o maior fabricante automobilístico da Alemanha, a Adam Opel AG; e Ford fundou uma planta filial, mais tarde conhecida como Ford-Werke, em Colônia. Outras firmas americanas fizeram parcerias estratégicas com companhias alemãs. A Standard Oil de Nova Jersey — atualmente, Exxon — desenvolveu ligações íntimas com o conglomerado IG Farben. No início dos anos 1930, uma elite de cerca de vinte das maiores corporações americanas tinham uma conexão alemã, incluindo a Du Pont, Union Carbide, Westinghouse, General Electric, Gilette, Goodrich, Singer, Eastman Kodak, Coca-Cola, IBM e ITT. Finalmente, muitas firmas de advocacia, companhias de investimento, e bancos estavam profundamente envolvidos na ofensiva de investimentos da América na Alemanha, entre elas o renomado escritório de advocacia de Wall Street Sullivan & Cromwell, e os bancos J. P. Morgan e Dillon, Read e Companhia, assim como o Union Bank de Nova York, pertencente ao Brown Brothers & Harriman. O Union Bank estava intimamente ligado com o império do magnata do aço Thyssen, cujo apoio financeiro permitiu a Hitler chegar ao poder. Este banco era administrado por Prescott Bush, avô de George W. Bush. Prescott Bush era também supostamente um simpatizante de Hitler, direcionou dinheiro para ele por meio da Thyssen, e em troca ganhou lucros consideráveis ao fazer negócios com a Alemanha Nazista; com os lucros, ele lançou seu filho, que se tornou presidente mais tarde, no negócio do petróleo.- Lucro acima de tudo! As Corporações Americanas e Hitler

Que os EUA não seguem os caminhos da liberdade e livre mercado isso já sabemos faz tempo, mas que pessoa hoje em sã consciência pode dizer que eles agora com Trump rumando mais autoritariamente que “nunca antes na sua história” na direção oposta? E e em marcha acelerada.

Para quem quiser entender um pouco mais as estruturas que governam a mentalidade corporativa recomendo o excelente texto do libertário americano Kevin Carson Ⓐ :

Porém, uma coisa eu concordo com todos os críticos que consideram a comparação entre o nazismo e trumpismo descabida. Trump não é igual a Hitler. Trump é simplesmente Trump, e como estamos começando a ver isso que ele precisa ser para agir como um e tudo o que precisamos saber que ele agira com um. Acabou o tempo para os exercícios de futurologia sobre o que Trump vai ou não fazer. ELE JÁ ESTÁ FAZENDO.

Trump por ele mesmo

O que estamos assistindo e escrevendo, exatamente agora, é a história do nosso tempo. A historia do século XXI já está em curso. E se está historia NÃO for mais uma história de totalitarismo e guerras pode ter certeza de uma coisa será por sua causa, por nossa causa, e não deles, esses velhos supremacistas de sempre e seus mais novos líderes.

Governe-se.

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Marcus Brancaglione

X-Textos: Não recomendado para menores de idade e adultos com baixa tolerância a contrariedade, críticas e decepções de expectativas. Contém spoilers da vida.