O circo pegou fogo. E só um poder sai inteiro. Ou é governo, ou é a justiça. Com eles juntos ninguém mais sai desta, nem a gente. E os dois lados sabem disso.

Marcus Brancaglione
13 min readFeb 23, 2016

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Agora que se vitimizar ou apontar o dedo por outros não adianta mais, não pensem que os suspeitos e acusados vão mudar e enfrentar o julgamentos, eles vão se entregar nunca e não sem antes tentar criminalizar seus os próprios juízes e a justiça. Ou o poder judiciário se adianta e dá um basta ou os acusados do governo e congresso vão se aliar para jogar o pais numa verdadeira guerra institucional, nem que reste depois só cinzas para tomar.

Tecnicamente agora a pergunta é seguinte: quanto os fiadores da desgraça, a oposição, e até os supostos juízes da nossa justiça superior estão implicados nesta sujeira. O PMDB os juízes do Supremo, os donos do capital da Republica e ate a esquerda pelega o quanto eles estão comprometidos para como ratos abandonar o navio ou ter que defender o navio até afundar juntos. Eles sabem que o resto da classe politica e dos implicados não vão escapar, a questão é o quanto eles são só os ratos podem pular do barco, ou parte da tripulação corsária desta desgraça.

Logo quem não é rato nem corsário, nem está atolado até o pescoço que pare de bancar o cegos surdos e louco e comece a ver e jugar. Condenando e absolvendo logo quem devem. Ou não será mais só o Estado contra a Sociedade, mas a Sociedade contra o Estado

Por mais que eu defenda a libertação, empoderamento e independia imediata das pessoas adultas e de paz contra todos os poderosos e monopolistas. E portanto queira como todo ver expostas toda as contradições e podridão até criminosa das instituições, não quero isso ao custos da vida de inocentes e a destruição de tudo na perpetuação desta guerra institucional pelo poder. Não acredito que as evoluções e revoluções precisem de crises ou desastres para acontecer. Defendo a democracia direta e renda básica, mas ela não vira porque os governantes são cada vez mais canalhas e estúpidos, mas somente porque a sociedade é mais consciente e solidária. E embora estes estados estejam inversamente relacionados. Não é tornando o sistema pior que surge em oposição tudo que há de melhor, nem a simples queda de um sistema repressivo garantirá o surgimento de um novo, mais livre.

De fato não adianta prolongar essa crise, não podemos acobertando políticos ou empresas criminosas, nem condenar ninguém sem provas, mas é necessário parar com a palhaçada e julgar todos o mais rápido possível, antes que não sobre nem o que há de bom em nosso estado de direito democrático para que possamos aprimorá-lo, mas somente os vencedores dessas guerra institucional e os velhos donos que ganham com um pais, em ruínas ou não.

Ninguém de paz quer o Estado contra a sociedade, nem a sociedade contra o Estado, fora quem quer é o poder ninguém aceita a morte de inocentes. Quem quer o bem das pessoas quer gente com cidadania plena para controlar o Estado, e não o poder ou a autoridade para para dominá-las. Quer o fim da desigualdade de poderes e participação sobre o bem comum, ou o que é a mesma coisa: a igualdade de direitos garantia de liberdades fundamentais e igualdade de poderes como responsabilidades sociais. Algo que em nosso tempo não faz sentido sem Democracia Direta e Renda Básica.

Será que essa novela está finalmente chegando no fim?

Os aloprados vão sair do poder e o Brasil por causa da justiça, ou se vão ficar no poder por causa do poder supremo do judiciário?

Em geral os membros do poder judiciário não são tão estúpidos nem desesperados, até porque tem privilégios legais muito mais seguros a perder se a casa cair Por isso entre entregar as cabeças dos chefes (do executivo) ou ver-se suas carreiras e cargos acabados, a decisão deveria ser obvia, mas não é. Não tanto quanto deveria ser. Para ter essa resposta precisaríamos saber mesmo, até para não ser tão injusto e leviano, quantos são os que tem o rabo preso, ou o rabo preso demais para mudar de decisão. Em outras palavras agora é a hora do pega pra capar: e não importa muito o tamanho do rabo preso, mas quanto o rabo de cada está reta.

E rabos preso fora a pergunta:

Aonde eles pretendem levar o pais como seus dilemas desconstitucionais? Será que um presidente ou senador da Republica pode trabalhar de dia e cumprir prisão domiciliar a noite para terminar de obrar no pais? Será que a estratégia de prolongar o processo sem julgar, é legitima? Será que eles vão estender esse espetáculo grotesco de pais por mais um pouco, e esperar a nossa mídia de altíssimo nível descer até aonde?

Alias me nego veemente a falar qualquer coisa particular mesmo que sejam crimes de velhos presidentes estado do Brasil. Que eles dividam cela na cadeia. Mas falar sobre isto é piada com:

· uma crise politica e econômica que há tempos não se via;

· a previdência está quebrando;

· uma crise de saúde que pode de fato se tornar um problema humanitário;

· desastres ambientais sem precedentes;

· o risco da venda de mais riquezas insubstituíveis do pais… e a preço de banana;

· o perigo da explosão de tumultos e revoltas enquanto o poder executivo e legislativo completamente parados, corrompidos e alienados;

· e a ruptura institucional pronta a virar conflito aberto sem mediadores;

· Isto sem falar da tradicional completa alienação brasileira dos problemas do mundo.

Vão pro inferno, junto como os donos das suas palavras e rabos presos.

Aliás falando de vendidos e oligarcas.

Será que bateu o desespero nos donos do pais, ou é só jogo de cena? Será que eles se tocaram que vai matar os burros que carregam nas costas?

Tudo depende de qual burro você está falando.

Se são os burros estatais. A resposta é espero que sim, que eles finalmente tenham percebido que uma liderança fraca e vendida só é vantajosa até certo ponto, isto é, desde que ela consiga manter o que eles querem tomar sem destruir antes de traficar- o que até não é o caso.

Agora se o burro de carga é o povo. A resposta é: esquece. Eles vão é por peso das suas bundas gordas e sedentárias e bater no lombo dessa gente se preciso for até que ele morram de exaustão. Gente não é um recurso raro e insubstituível; morre um, nasce outro. Então nem sonha. Mesmo tirando esse governo, as coisas não vai mudar nada para quem sempre paga as suas contas e as dos outros. O rombo das contas estatais pode diminuir, mas não será nem o fim da pilhagem, nem da exploração, mas seu aumento.

Eles sustentaram esses mortos-vivos e seus filhotes só para ver se se queimavam e entregam ainda mais o que eles queriam, o problema agora é que o fogo saiu do controle. E portanto não se é simplesmente se eles vão conseguir se livrar dos seus capachos, mas se vão conseguir fazer isso sem queimar tudo?

Os velhos monopólios do capital e da mídia não são mais tão poderosos para controlar as massas como no passado? E a pergunta que fiz a um ano permanece: e se eles caírem e não quiserem sair? Como é que fica.

E aí que entra a esquerda pelega e bandida para botar ainda mais fogo neste circo. Aliás bandida não traíra, mesmo. Porque até a bandidagem tem sua ética, não trai seu povo, nem rouba de quem vive na sua quebrada. Eles querem bancar os robin-hoods mas não nem ladrão que roubam ladrão, eles são sangue ruim mesmo e se precisar atiram pelas costas.

Essa justiça, essa polícia que eles se dizem injustiçados e perseguidos, podem não ser a deles na hora de responder por seus crimes, mas não sonhe eles não vão tremer o dedo de usar essas lei e ordem e jogar essa mesmas forças que tanto os perseguem contra população menos pelega ou burguesa decidir sair a rua reclamarem em dia de branco.

E onde esta burguesia excluída e essa esquerda pelega agarrada na burocracia estatal vão ficar nesta hora? Em qualquer lugar, menos lá, onde a borracha come. Não digo todos mas algumas destas figurinhas que defendem com tanto afinco o indefensável contra qualquer principio, não o fazem por acaso, mas em causa própria, eles sabem se caírem vão juntos. Não estão só mamando, mas participando da pilhagem até mesmo quando estão na oposição. Não é só o governo ninguém vai largar os osso, e todos vão atacar ao primeiro comando.

Mas esse é uma risco e não um fato. O pior perigo consolidado por tais forças por enquanto não é seu destrutivo, mas o de cooptação. Eles são os dedos, as pontas que tocam e aliciam as pessoas sem alternativa para servir seus monstros. E se temos jovens cooptados por discursos de extrema direita e esquerda é porque existe um profundo vácuo social, provocado pela falta de alternativas e perspectivas. Esses doutrinadores só conseguem formar radicais completamente estúpidos tanto a direito e esquerda, novas gerações de massas de manobra, muito mais perigosa que as velhas já domesticadas porque: quem se diz comprometido com a liberdade está mais preocupado em atacar ideologias contrárias do que garantir liberdades reais.

Entenda. O que faz extremistas não é a radicalidade das doutrinas, assim como o que constitui o extremismo não é meramente o grau de oposicionismo a chamada normalidade, mas o completo desprezo não por leis ou normas morais e sociais, mas pelos valores e direitos universais: vida e a liberdade. Um desprezo que, dependendo do grau de demência e fanatismo, não afeta apenas o respeito a outras classes, gêneros ou povos, mas o respeito a todas as formas de vida, inclusive a sua própria.

O militante que sacrifica a sua vida ou dignidade na pira dos ídolos do seu culto ao poder não é só o produto da propaganda, das mentiras repetidas tantas vezes que se tornam verdades, mas de uma poder imposto na falta de liberdades como se fosse uma causa ou sentido de vida. É nesse vácuo que os regimes totalitários fabricam seus extremistas religiosos patriotas e partidários, formam seu exércitos de estúpidos e alienados. É da falta de perspectiva como possibilidade material, como condições e oportunidades de vida para dar sentido próprio e independe a vida que se perdem as pessoas e se deixam os indivíduos ser reduzidos a massa de manobra. É na falta da liberdade real como possibilidade para dar sentido a vida como causa maior do que a mera sobrevivência materialista que se perverte o desejo de transcender a pequenez do egoísmo e individualismo obtuso como delírio e inconsciência coletiva.

É aproveitando da completa falta de autodeterminação e próprio-concepção quando não de sustento mesmo como meios vitais, que os poderes cooptam a boa vontade e necessidade dos seres em criar co-significações para a existência, em evoluir e tornar-se mais do se é para criar o culto as ideias absolutas e poderes supremos. Transformam nossos instintos solidários e inteligentes que nos permitem formar e sustentar a rede da vida, em simples relações de poder em favor de um organismo artificial completamente desligado da ordem livre e natural onde a anima é substituída pela programação das ideologias e preconcepções. E a construção das identidades comuns e particulares substituída pela replicação de comportamentos condicionados.

Não é por acaso que os jovens os mais afetados, por esse processo. Não é porque eles sejam mais sugestionáveis, mas porque eles ainda estão cheio de vida e força de vontade, ainda estão buscando ainda o que ninguém deveria desistir em idade nenhuma: o sentido para nosso mundo e nossa vida ainda não completamente conformados as predeterminações e preconcepções impostas. Você pode até ter esquecido mas é nesta fase da vida que ainda não sofremos em aceitar a estupidez e falta de humanidade ou as meras funções e obrigações sociais como se fossem nosso destino ou identidade.

Essa sensibilidade é tão poderes quanto é vulnerável. É ela que literalmente liga espírito a vida enquanto não é estamos alienado a cultos ou culturas formadoras das colônias humanas. O jovem ainda está em busca da de algo que nenhuma pessoa ou povo deveria jamais desistir: a autodeterminação da sua próprio destino e identidade, algo que não se forma sozinho, mas por contrastes e referencias, em conexão solidaria com o mundo.

Deixar povos e pessoas abandonados a sua sorte, especialmente crianças e jovens que por natureza não tem como tomar posse do bem comum constituinte dos seus direitos e identidades pela sua própria força é o mesmo que entrega-los a sorte da doutrinação dos inimigos da humanidade, os supremacistas massificadores e sacrificadores de gentes.

É por isso que o verdadeiro libertário, seja de direita e esquerda, trabalha para que todas as pessoas possam não só escolher entre as alternativas impostas, mas possam construir suas próprias alternativas pela livre iniciativa e livre associação sozinhos e em comunhão desde em paz.

Um defensor da liberdade por obvio não pode ser um esquerdista ou direitista autoritário que impõe sua ideologia como se fosse matéria obrigatória, ou usa a falta de alternativas para comprar servos e militantes, nem muito menos fanáticos.

Libertários de esquerda e direita, não só não ficam no discurso, mas se levantam e lutam contra as ditaduras dos discursos e ideologias sempre alienadoras quando se supõem acima da própria ordem livre e natural.

Libertários de verdade, não colocam suas correntes a frente das liberdades fundamentais como direito de fato e universais. Libertários de verdade não se contentam com menos do que a liberdade como principio condição e pratica. Liberdade básicas para todos, como direitos iguais de fato.

A liberdade não se prega com doutrina, ela se garante com a defesa e proteção social, não apenas com não violência, mas com toda contra-violência necessária para livrar o mundo destes fundamentalistas, fanáticos e impostores de dogmas, realidades e legalidades contra os que não querem ser convertidos ou pior não tem meios para resistir a cooptação.

Renda básica incondicional e democracia direta. Não são portanto discursos ou ideológicas de esquerda ou de direita, mas a defesa de direitos políticos e econômicos inalienáveis não tem partido ou corrente ideológica; não pertencem a governos nem candidatos, mas são e devem ser dispositivos constitucionais do futuro para a defesa das liberdades e sociedades contra os projetos criminosos destes monopolistas primitivos e violentos do bem comum e natural.

Libertarismo sem propriedade de bens particulares e comuns é utopia. É ideia sem território propriedade nem comunidade, não tem lugar no mundo nem é capaz de resistir ao ataque dos monopolizadores do bem comum, e suas prerrogativas violência de posse e apropriação de tudo. A humanidade precisa do que tempos de paz e mais zonas autônomas temporários, precisa para ontem de republicas libertárias e cidadania plenas em direitos politicas econômicas e civis: Democracia direta e renda básica. Ou não reclame quando a bota dos novos soldados dos socialistas, liberais e deus chutarem a porta da sua casa e para pisar na sua cara.

Ou você acha que tudo de ruim só acontece do outro lado do mundo?

O Brasil está de brincado com o fogo e a beira do abismo e não só o nosso:

Fim do mundo? guerra mundial? Estas coisas são sempre teorias conspiratórias, principalmente quando você não vive onde o mundo já acabou. Para muita gente a pergunta não é quando vai acabar mas para e quem e onde vai começar qualquer vida de verdade. Coloque-se no lugar do outro, e talvez você se recorde deste sentimento de vazio que é ser jovem num mundo onde gente inocente já nascemos pagando inclusive com a morte ou uma vida condenada para sustentar os privilégios dos criminosos de outras gerações.

Estou pregado conflito de gerações? É claro que não. Ninguém nasce velho, são os povos e pessoas exterminados que não amadurecem não antes de morrer ou envelhecer antes de chegam a idade adulta. E se você acha que eu estou falando só da Síria depois de tudo que eu falei, Acorde. Me refiro a toda nova geração morta ou envelhecida sem ter a chance de se desenvolver pela agressão ou omissão de quem detém criminosamente ou irresponsavelmente o poder ilegítimo.

Ou vocês estão esperando o que? Que a molecada que mais uma vez vá para a linha de frente e limpe a lixo deixado pelos velhos que você não enfrentou? Vai deixar que seus filhos se matem ou morram nas manifestações ou guerras que você não teve coragem de enfrentar escondido nas suas salas-de-jantar.

A geração no poder já mostrou para que veio, mas quem são vocês? A que veio as pessoas que nasceram na minha geração?

Sei que não detemos o poder político ou econômico, sei que o enfrentamento aberto tem um custo e risco alto, mas podemos esperar? Quantas nova geração ainda vamos perder? Vai mesmo ficar literalmente pagando pra ver o onde as manifestações vão dar? Ou pior vai mesmo esperar que nossos lideres políticos e econômicos continuem a ditar nosso destino? Esta realmente satisfeito para onde eles estão nos levando?

A molecada está fazendo o que pode e o que acredita, enganados ou não, manipulados ou não. Mas e você que é conhece todos esses putos veios, e sabem como eles são capazes de fazer de ruim, vai mesmo fingir-se de cego e ingênuo, ou vai tomar uma posição de cidadão adulto e independente.

Há meu velho, tome intento. Mais do que ninguém, somos nós e não eles, que já estamos passamos da hora de tomar vergonha e se nos governar já. Porque se não formos nós, aqui e agora, serão eles de novo e sempre: os velhos pais do povo, da pátria e claro seus dos patrões.

Governe-se.

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Marcus Brancaglione

X-Textos: Não recomendado para menores de idade e adultos com baixa tolerância a contrariedade, críticas e decepções de expectativas. Contém spoilers da vida.