Democracia Direta não é só Política é Econômica (Parte 1)

Marcus Brancaglione
3 min readSep 28, 2015
http://www.vialiberamc.it/2013/05/12/dominio-o-consenso-seconda-parte/

Consensos

O poder político não é senão a farsa da representação. É a violência de um contra todos, alguns contra muitos, muitos contra poucos, ou até mesmo de todos contra um. Só há um tipo de decisão justa e legítima a consensual. Decisões voluntariamente acordada e negociada entre pessoas iguais em liberdades fundamentais. Todas as demais forma de decisão que implicam no uso da força contra pessoa de paz e sua livre vontade, não são estados pacíficos nem contratos sociais legítimos, mas crimes contra os direitos humanos e a humanidade.

Talvez se objete: mas é muito difícil se chegar um consenso para se aplicar uma política de larga escala. E tem-se razão. Mas essa dificuldade proporcional a escala das políticas públicas não é um defeito dos sistemas livres e não coercitivos mas justamente sua maior qualidade de defesa e prevenção contra os desastres econômicos e humanitários provocados por poderes centrais e totais.

Nenhuma política jamais deveria ser aplicada sem consenso, mas as políticas de grande escala são aquelas que mais e maiores danos causam as pessoas que não concordam com ela. A necessidade de consenso, é a garantia de não-violência e não-violação. A única garantia que a livre vontade, isto é o direito natural sobre si mesmo, tudo que é seu, ou o que também é seu, principalmente por necessidade vital, não será violado.

A liberdade subsidiada pela violência contra a vontade alheia não se chama liberdade, se chama poder. E por definição a liberdade que merece este nome é tão somente aquela estabelecida em paz e respeito as igualmente livres vontades de paz alheias. Ou seja, assim como poder não é liberdade de nada, é a vontade imposta sem consenso (uma violência), a liberdade é tanto a vontade disposta consensualmente como ato de paz, quanto de defesa libertária contra a violência do poder.

A relação consensual não apenas é uma condição imprescindível a garantia plena de liberdade de associação e dissidência, mas uma necessidade contra as uniões e valores forçados e todas as formas de violação da pessoa. Uma necessidade legitima de defesa contra prerrogativa de violência que não impede que as decisões necessárias sejam tomadas pelas partes interessadas, pelo contrário garante que nenhuma decisão seja tomada a revelia de nenhuma delas e sem seu entenda e consciência necessárias para não só validar os contratos, mas impedir os crimes.

Mas será que jamais uma das partes tem o direito de agir a revelia da outra sem seu consentimento ou contra sua vontade? É claro que têm, e não só pode como deve, quando a vontade do outro é de poder e violência. A reação contra para preservar a livre vontade contra a vontade de poder tem nome e se chama legítima defesa, e não precisa de autorização nem prerrogativa outra de autoridade além daquele que todo ser vivo nasce com: o direito a autopreservação e da vida.

Assim, quando uma parte agride a vida ou priva os demais dos seus meios necessários, contra essa violência é que se justifica o uso do de todos os meios necessários e da força de fato. Entretanto não é assim que funciona na prática pelo menos não até hoje.

O poder político não é a constituído para a legítima defesa de direitos naturais, mas sim para o monopólio da violência. Ele não garante nenhuma igualdade basilar de meios para equilibrar forças de modo que se possa se chegar e manter consensualmente acordos de paz. Pelo contrário o poder funciona como força maior capaz de impor entendimentos vontades e posses de um grupo contra a vontade do outro, isso sem contar que os detentores do poder não são etéreos, e constituem por eles mesmos uma classe política a parte contra todas as demais classes socioeconômicas.

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Marcus Brancaglione

X-Textos: Não recomendado para menores de idade e adultos com baixa tolerância a contrariedade, críticas e decepções de expectativas. Contém spoilers da vida.