A já envelhecida “nova” democracia representativa brasileira (Parte 6)

Marcus Brancaglione
4 min readSep 30, 2015
http://www.libertarianismo.org/index.php/artigos/anarquia-ontem-hoje-e-amanha/

Controle Econômico e Social

Monopólios e oligopólios não se quebram com proibições e mais tributações, eles se quebram com o fim das proibições sobre toda e qualquer atividade e sociedade não-violenta e não-destrutiva. O importante é proteger a iniciativa e posse não-violenta que: (i)não agride as pessoas; (ii) não priva de meios vitais; (iii)não destrói o meio ambiente. Se for produtiva ou não isto é não um problema de estado mas um problema econômico e comercial de seu proprietário de paz que deverá pagar os custos pela improdutividade e não socializá-los graças ao protecionismo estatal as posses valores e meios-de-troca forçados.

Assim, se atentos aos argumentos estadistas falaciosos e levando em consideração estes princípios libertários deve se entender que por “nenhum financiamento” o que queremos dizer não é apenas nenhum subsídio em forma de transferência monetária para partidos ou empresas, mas nenhuma proibição de livre cooperação ou livre concorrência de nenhuma sociedade seja para produção de bens comerciais seja para a produção de bens de interesse público. Nenhuma organização ou empresa deve receber nenhum centavo retirado compulsoriamente de pessoas naturais com necessidades vitais e reais para sustentar seus privilégios políticos e econômicos.

Nenhuma riqueza adquirida sem subsídio da violência por mérito não apenas do trabalho, mas de negociações não-coercitivas pode ser expropriada. Obrigações mútuas e voluntariamente assumidas em contrato social devem ser de pessoas para pessoa; de seres conscientes para inconscientes; de racionais para irracionais; de seres humanos para todos os seres naturais; devem ser compromissos e responsabilidades mútuas para a preservação de direitos naturais e universais.

Bem, mas e se ninguém quiser assumir esse compromisso voluntariamente? Então neste caso temos dois estados de guerra que inevitavelmente nos levarão a extinção: Um artificial e outro natural:

· O artificial, é o estado de guerra entre os monopólios da violência buscando a expansão de suas supremacias geopolíticas e econômicas. Sei que se arrogam legítimos e se autointitulam estados de paz, mas não estamos aqui para fazer propaganda estatal ou retórica acadêmica. Nestes estados não só o que é necessário a vida não é garantido, como o se toma o que as pessoas naturais precisam para devolver somente o mínimo necessário a reprodução deste estado de alienação econômica mediante obediência política.

· O natural, é o estado de guerra de todos contra todos, que não chega a ser um cada um por si, mas suas comunidades não são propriamente sociedades e sua proteção restrita demais aos próximos e semelhantes para garantir o a segurança que a inteligencia humana é capaz de conceber: a paz entre estranhos e desconhecidos. Ou seja, um estado onde aparente não existem os perigos de guerras e holocaustos e domínio dos povos como nos estados, mas também não existem nenhuma garantia de segurança contra nenhuma violência, incluso a proteção contra a emergência destes monopólio da violência.

Veja que as sociedades humanas tendem a dominar territórios e meios naturais seja para se proteger sua liberdade e natureza da violência, seja para para instituir a violência e violação regular e sistemática da liberdade de todas as demais e da própria natureza. A sociedade tende a dominar os espaços e a emergir como estratégia de sobrevivência preponderante entre os povos da humanidade porque a associação é a estratégia mais emponderadora. Entretanto, isso não significa que as sociedades que se auto-organizam formam necessariamente estado de culto do poder e supremacia pela violência, nem por outro lado que constituem federação de sociedades de paz e defesa da liberdade contra poder.

Talvez nunca teríamos conhecido a necessidade de sociedades libertárias sem experimentar o terror dos estados de poder e cultura supremacistas. Mas agora quem conhece, quem tem essa consciência da liberdade não como privilegio mas com necessidade básica e universal sabe que não tem como fugir para campos e terras livres que não existem mais, sabe que não pode simplesmente fechar os olhos e esperar a morte chegar neste mundo absurdo e distópico.

O verdeiro libertário sabe que a liberdade é tanto um estado de consciência quanto de democracia plena em mesmo não querendo sabe que é um revolucionário. Mesmo que pregando a paz sabe que sua voz soa como um grito de guerra aos inimigos da paz e liberdade. E principalmente sabe que liberdades não se realizam apenas com ideais palavras ou renuncias, mas com atos e práticas voluntárias.

Não se engane o verdadeiro libertário pode ser um liberal pode ser um socialista, mas é sempre uma pessoa que pertence a si mesmo e a sua geração: um abolicionista, um revolucionário e um democrata. E se você não enxerga novas democracias a serem construídas; pessoas a serem libertadas; mundos e paradigmas a serem revolucionados é porque mais do que todos você vive em carestia da Liberdade.

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Marcus Brancaglione

X-Textos: Não recomendado para menores de idade e adultos com baixa tolerância a contrariedade, críticas e decepções de expectativas. Contém spoilers da vida.